Não
podemos consumir o trivial.. lácteos, farinha e açúcar..
No
dia a dia é complicado pois querem de toda forma nos induzir a comer.. Só um
pouquinho rsrsrsrs. Mas
não é bem assim...
Adorei
esta matéria!!!
Celíacos, alérgicos e sensíveis ao glúten
sabem que ao recusar um alimento com a proteína presente no trigo, cevada,
centeio, malte e até em aveia serão questionados. O espaço que os alimentos sem
glúten ganharam nos supermercados e na mídia não facilitou na mesma proporção a
vida dos que precisam seguir a dieta restritiva por questão de saúde. O modismo
de alimentos sem glúten chega a atrapalhar. Mas para não haver estresse, aqui
vão algumas dicas de como responder às perguntas e comentários na próxima vez
que você disser que não pode comer glúten.
O
que acontece se você comer glúten?
A pergunta pode ser chata e repetitiva, mas
muita gente não faz por mal. Por isso, tente ser prático com a resposta ao
explicar o impacto da dieta para sua saúde. Se você é celíaco, por exemplo,
diga que seu organismo entende o glúten como inimigo e os anticorpos acabam
reagindo, prejudicando a absorção de outros nutrientes e podendo causar doenças
mais graves. Sensíveis ao glúten e alérgicos podem falar dos sintomas. Muitos
podem achar que é frescura caso os sintomas sejam mais comuns, como enjoo e
dores de cabeça. Reforce que você fez exames médicos para saber o que estava
prejudicando seu bem-estar.
E
se comer só um pouquinho?
A falta de informação ainda é muito grande,
por isso, tenha paciência ao explicar que mesmo uma quantidade muito pequena,
invisível aos olhos humanos, pode causar reações no seu organismo. Diga que
talvez o sintoma não apareça na hora, mas as consequências não são boas.
Aproveite para reforçar que a contaminação cruzada é um grande problema para
celíacos, sensíveis ao glúten e alérgicos, pois, justamente uma quantidade
pequena faz o organismo reagir.
Você
não toma cerveja?
Ao entender que cerveja tem cevada e,
consequentemente, glúten, muita gente fica sensibilizada. Acham a dieta sem
glúten muito injusta por cortar das pessoas a possibilidade de tomar uma gelada
com os amigos – embora atualmente já existam estabelecimentos oferecendo
cervejas aptas para celíacos. Para mim, a cerveja não faz a mínima falta.
Sempre passei muito mal com cerveja, mesmo antes de receber o diagnóstico de
celíaca. Os amigos diziam que era porque eu não estava acostumada a beber, mas
quanto mais bebia, pior ficava. Há anos parei de tentar tomar. Decidi que meus
amigos de verdade aceitariam que eu não bebo e ponto final. Não me sinto bem
com álcool de um modo geral e não vejo motivos para querer aprender a beber
apenas para socializar. Nunca recusei a ida ao um bar por esse motivo. Vou e
peço um suco ou água – sim, água é minha bebida preferida desde sempre! Quem se
incomodar por eu não estar bebendo, sinceramente, não merece minha amizade.
Todo
mundo tem problema com glúten hoje em dia!
Eu fico chateada com esse comentário às vezes,
porque parece que a pessoa pensa que é frescura. Então, costumo reforçar que,
infelizmente, muita gente faz dieta sem nem saber o que é glúten e isso pode
ser problema. Mas digo ainda que, no meu ponto de vista, temos um número cada
vez maior de pessoas descobrindo alergias e doenças porque são feitos mais
exames, existem muitas pesquisas e especialistas dispostos a ajudar um grupo de
pessoas que realmente sofre se ingerir ou tiver contato com glúten. Muita
gente está trabalhando duro para que o diagnóstico aconteça o quanto antes. Li
diversos livros que reforçam que a alimentação atual, baseada em muito trigo,
pode ter relação com o aumento da população celíaca. Isso pode ser verdade, mas
falando em curto prazo, um aumento de pessoas diagnosticadas nos últimos cinco
ou dez anos, eu, particularmente, acredito que esteja mais relacionado a
diagnóstico de profissionais qualificados. Muitas pessoas não sabiam que eram
celíacas porque os médicos desconheciam a doença. Eu mesma passei 27 anos sem
saber o que tinha e, diante do quadro de saúde que apresentei desde pequena, há
grandes chances de a culpa ser da doença celíaca. Os médicos, porém,
tratavam tudo, mas não cogitavam problemas com glúten. O que dizer dos nossos
antepassados?
Como
você faz para comer na rua?
Realmente, comer na rua é um desafio. Os
restaurantes estão cheios de contaminação de glúten e a maioria dos
estabelecimentos não oferece comida para celíacos. Mas comer fora é possível.
Tem a opção de levar a marmita e socializar com amigos e familiares da mesma
forma em qualquer lugar. Tem ainda a parte de pesquisa que a gente faz sempre
que viaja e, com isso, encontramos surpresas maravilhosas. Comer fora de casa
não é fácil, mas pode ser até divertido quando se aceita e se aprende a lidar
com as restrições.
Como
você vive?
Esta é a melhor parte! Eu vivo muito bem, mais
feliz, mais saudável, criando novas receitas, errando e aprendendo todos os
dias. Pode não ser prático, mas é bem mais interessante do que pedir comida
pronta, congelada ou comer algo que nem sei ao certo como foi preparado. Ao
receber o diagnóstico, bate um desespero, mas perceber que todos os sintomas
ruins desaparecem e que a saúde ganha espaço, faz tudo valer a pena. Por isso,
vamos fazer coisas gostosas sem glúten, sem lactose e sem o que for que esteja fazendo
mal à saúde e viver de bem com a vida!
Marciéli
Palhano é jornalista brasileira,
natural de Concórdia, Santa Catarina.
A
comunicação faz parte de sua vida há muito tempo.
Aos 9 anos de idade,
participou da edição especial do
Dia das Crianças realizada pelo Jornal do
Almoço (RBS)
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