sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Só um pouquinho...

Não podemos consumir o trivial.. lácteos, farinha e açúcar..
No dia a dia é complicado pois querem de toda forma nos induzir a comer.. Só um pouquinho rsrsrsrs. Mas não é bem assim...

Adorei esta matéria!!!

Celíacos, alérgicos e sensíveis ao glúten sabem que ao recusar um alimento com a proteína presente no trigo, cevada, centeio, malte e até em aveia serão questionados. O espaço que os alimentos sem glúten ganharam nos supermercados e na mídia não facilitou na mesma proporção a vida dos que precisam seguir a dieta restritiva por questão de saúde. O modismo de alimentos sem glúten chega a atrapalhar. Mas para não haver estresse, aqui vão algumas dicas de como responder às perguntas e comentários na próxima vez que você disser que não pode comer glúten.


O que acontece se você comer glúten?



A pergunta pode ser chata e repetitiva, mas muita gente não faz por mal. Por isso, tente ser prático com a resposta ao explicar o impacto da dieta para sua saúde. Se você é celíaco, por exemplo, diga que seu organismo entende o glúten como inimigo e os anticorpos acabam reagindo, prejudicando a absorção de outros nutrientes e podendo causar doenças mais graves. Sensíveis ao glúten e alérgicos podem falar dos sintomas. Muitos podem achar que é frescura caso os sintomas sejam mais comuns, como enjoo e dores de cabeça. Reforce que você fez exames médicos para saber o que estava prejudicando seu bem-estar.

E se comer só um pouquinho?


A falta de informação ainda é muito grande, por isso, tenha paciência ao explicar que mesmo uma quantidade muito pequena, invisível aos olhos humanos, pode causar reações no seu organismo. Diga que talvez o sintoma não apareça na hora, mas as consequências não são boas. Aproveite para reforçar que a contaminação cruzada é um grande problema para celíacos, sensíveis ao glúten e alérgicos, pois, justamente uma quantidade pequena faz o organismo reagir.

Você não toma cerveja?


Ao entender que cerveja tem cevada e, consequentemente, glúten, muita gente fica sensibilizada. Acham a dieta sem glúten muito injusta por cortar das pessoas a possibilidade de tomar uma gelada com os amigos – embora atualmente já existam estabelecimentos oferecendo cervejas aptas para celíacos. Para mim, a cerveja não faz a mínima falta. Sempre passei muito mal com cerveja, mesmo antes de receber o diagnóstico de celíaca. Os amigos diziam que era porque eu não estava acostumada a beber, mas quanto mais bebia, pior ficava. Há anos parei de tentar tomar. Decidi que meus amigos de verdade aceitariam que eu não bebo e ponto final. Não me sinto bem com álcool de um modo geral e não vejo motivos para querer aprender a beber apenas para socializar. Nunca recusei a ida ao um bar por esse motivo. Vou e peço um suco ou água – sim, água é minha bebida preferida desde sempre! Quem se incomodar por eu não estar bebendo, sinceramente, não merece minha amizade.

Todo mundo tem problema com glúten hoje em dia!


Eu fico chateada com esse comentário às vezes, porque parece que a pessoa pensa que é frescura. Então, costumo reforçar que, infelizmente, muita gente faz dieta sem nem saber o que é glúten e isso pode ser problema. Mas digo ainda que, no meu ponto de vista, temos um número cada vez maior de pessoas descobrindo alergias e doenças porque são feitos mais exames, existem muitas pesquisas e especialistas dispostos a ajudar um grupo de pessoas que realmente sofre se ingerir ou tiver contato com glúten. Muita gente está trabalhando duro para que o diagnóstico aconteça o quanto antes. Li diversos livros que reforçam que a alimentação atual, baseada em muito trigo, pode ter relação com o aumento da população celíaca. Isso pode ser verdade, mas falando em curto prazo, um aumento de pessoas diagnosticadas nos últimos cinco ou dez anos, eu, particularmente, acredito que esteja mais relacionado a diagnóstico de profissionais qualificados. Muitas pessoas não sabiam que eram celíacas porque os médicos desconheciam a doença. Eu mesma passei 27 anos sem saber o que tinha e, diante do quadro de saúde que apresentei desde pequena, há grandes chances de a culpa ser da doença celíaca. Os médicos, porém, tratavam tudo, mas não cogitavam problemas com glúten. O que dizer dos nossos antepassados?

Como você faz para comer na rua?


Realmente, comer na rua é um desafio. Os restaurantes estão cheios de contaminação de glúten e a maioria dos estabelecimentos não oferece comida para celíacos. Mas comer fora é possível. Tem a opção de levar a marmita e socializar com amigos e familiares da mesma forma em qualquer lugar. Tem ainda a parte de pesquisa que a gente faz sempre que viaja e, com isso, encontramos surpresas maravilhosas. Comer fora de casa não é fácil, mas pode ser até divertido quando se aceita e se aprende a lidar com as restrições.

Como você vive?




Esta é a melhor parte! Eu vivo muito bem, mais feliz, mais saudável, criando novas receitas, errando e aprendendo todos os dias. Pode não ser prático, mas é bem mais interessante do que pedir comida pronta, congelada ou comer algo que nem sei ao certo como foi preparado. Ao receber o diagnóstico, bate um desespero, mas perceber que todos os sintomas ruins desaparecem e que a saúde ganha espaço, faz tudo valer a pena. Por isso, vamos fazer coisas gostosas sem glúten, sem lactose e sem o que for que esteja fazendo mal à saúde e viver de bem com a vida!

Fonte: http://www.marcielipalhano.com/?p=1601&lang=pt-br

Marciéli Palhano

Marciéli Palhano é jornalista brasileira, 
natural de Concórdia, Santa Catarina. 
A comunicação faz parte de sua vida há muito tempo. 
Aos 9 anos de idade, participou da edição especial do
 Dia das Crianças realizada pelo Jornal do Almoço (RBS)





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